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Como economizar para a aposentadoria? Dúvidas respondidas!

Oito em cada dez brasileiros não estão se preparando para parar de trabalhar. Entenda como começar, mesmo ganhando pouco ou sem ter um plano preciso traçado

Quando a pergunta é “Quem quer ter uma aposentadoria tranquila?”, não há muitas dúvidas sobre qual é a resposta predominante. Agora, e se a pergunta for: “Quem está se preparando para a aposentadoria?”

Estima-se que oito em cada dez brasileiros – ou quase 105 milhões de pessoas acima de 18 anos – não estejam se preparando para o momento de parar de trabalhar, conforme pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

O planejamento da aposentadoria é um desafio em que a disciplina é o principal aliado. Há sempre muito tempo pela frente, o que dá a falsa sensação – especialmente entre os mais jovens – de que não é um problema deixar para começar no ano que vem ou no seguinte.

Mas é.

Muita gente demora a poupar para a aposentadoria esperando ter mais um aumento ou conseguir planejar detalhadamente quanto vai guardar por mês. Na verdade, quanto antes essa poupança começar – mesmo que com poucos recursos ou sujeita a ajustes – melhor.

Quanto é preciso acumular?

Existem inúmeras variáveis para considerar até chegar ao valor que deve ser acumulado para, enfim, deixar de trabalhar. A idade pretendida para a aposentadoria, o nível de renda desejado, a época em que a poupança começou a ser feita, o rendimento dos investimentos realizados e a existência de outras fontes de renda são apenas algumas. Parte delas são mais ou menos fáceis de estimar, mas há outras que dificilmente se consegue calcular precisamente com muita antecedência.

Por isso, Daniel Varajão, planejador financeiro do C6 Bank, sugere uma referência bem simples: “As pessoas devem juntar de 120 a 150 vezes o valor das suas despesas mensais no momento em que desejam se aposentar”. A menos que se trate de um casal em que um dos dois não trabalha, o número deve excluir dependentes. “Esse valor, investido, renderá juros e pode ser utilizado lentamente, garantindo a manutenção do padrão de vida”, explica Varajão.

Assim, alguém que estime gastos de R$ 5 mil por mês e que deseje se aposentar aos 65 anos estará tranquilo se chegar a essa idade com uma economia de R$ 750 mil.

Quanto guardar por mês?

Para conseguir chegar à idade da aposentadoria com esse belo colchão de segurança é importante ter em mente um percentual da renda que precisa ser economizado mensalmente. Quem começa cedo – até os 25 anos de idade – deve guardar cerca de 15% do que ganha. Para quem deu início às economias entre os 25 e os 35 anos de idade, essa conta sobe para 25%. Daí para frente, os valores aumentam rapidamente – afinal, a capacidade das pessoas de gerar renda diminui conforme elas envelhecem.

Voltando ao exemplo do sujeito que precisa de uma reserva de R$ 750 mil para se aposentar aos 65 anos, uma conta simples indica que ele tem de guardar 13% da renda mensal de R$ 5 mil – isso se começar aos 25 anos e aplicar o dinheiro em produtos que rendam juros reais de 4% ao ano. Se deixar para iniciar só aos 35 anos, o percentual sobe para cerca de 22%, conforme Varajão.

O que pode mudar essa conta?

São dois fatores principais. O primeiro é a disciplina para manter e revisar o planejamento financeiro da aposentadoria. Para não cair na tentação de deixar a economia de lado, vale a pena programar aplicações automáticas. O segundo fator é a rentabilidade dos investimentos. “A taxa real de juros pode variar muito em períodos longos, e é ela que define em que velocidade as reservas para a aposentadoria vão crescer”, afirma Varajão.

Economizar mensalmente é sempre a melhor opção?

Quase sempre. Isso porque reservar uma parte da renda mensal permite acumular recursos para a aposentadoria sem ter de fazer um esforço sobre-humano. Mas essa não é uma regra universal. Profissionais autônomos, por exemplo, costumam ter variações na renda – o que pode dificultar um plano de economia mensal. Uma saída para manter a disciplina é estabelecer um objetivo anual de acumulação, o que permite compensar meses ruins com meses melhores.

Varajão recomenda, nesses casos em especial, que se mantenha uma reserva de emergência de valor equivalente a 9 a 12 vezes o valor das despesas mensais para as épocas difíceis nos negócios. Essa conta deve ser separada da poupança para a aposentadoria. “Se faltar dinheiro, os resgates para as despesas do dia a dia devem ser feitos na reserva de emergência”.

Onde aplicar os recursos?

Existem dezenas de produtos financeiros adequados para as economias destinadas à aposentadoria. Como esse tipo de investimento é feito para durar muitos anos, a liquidez não é um problema, o que significa que aplicações com vencimento no longo prazo podem ser boas opções.

A regra que sempre deve ser observada é buscar investimentos que rendam acima da inflação. Isso porque o dinheiro perde poder de compra quando os preços da economia em geral sobem em um ritmo acelerado, superior ao retorno das aplicações. “Investimentos indexados à inflação se encaixam bem entre as opções para a aposentadoria”, diz Varajão. É o caso dos títulos públicos que, além de juros, oferecem aos investidores a variação de um índice de preços.

Planos de previdência com vantagens fiscais – como os PGBLs, que permitem deduzir as contribuições da base de cálculo do Imposto de Renda – devem ser considerados. Da mesma forma, vale a pena avaliar os planos de previdência oferecidos pelas empresas aos seus empregados – principalmente quando as empresas também fazem uma contribuição.

Quer começar a investir? Acesse o site do C6 Bank (www.c6bank.com.br) e saiba mais

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